Desde que o ditador Errnesto Geisel passou a ser “protagonista” da “distensão”, e outro ditador, João Baptista Figueiredo foi alçado como artífice da “abertura”, se reforça a ideia de “transição pelo alto” entre a Ditadura e a Democracia pós-1985 em nosso País. Isto é, o Golpe de 1964 instaurou a Ditadura e nossas classes dominantes e as Forças Armadas golpistas e os generais de plantão, quando lhes foi conveniente, “decidiram” terminar com o Terrorismo de Estado.
João Belchior Marques Goulart era cardíaco? Todos sabemos que sim! Daí para apenas ter morrido de problemas do coração tem uma longa distância. Jango foi envenenado? Pouco sabemos sobre isso! Daí para não ter sido assassinado tem outra longa distância.
Como todas as experiências socialistas do século 20, o caso chileno e o governo de Allende representou parte da infância da luta pelo socialismo na História.
Entre março e abril de 1964, o Rio Grande do Sul passaria para um momento histórico em relação ao processo do Golpe de 1964. Assim como entre agosto e setembro de 1961, na Campanha da Legalidade, o Estado estava no olho do furacão para uma possível resistência ao Golpe Civil-Militar, impedido cerca de três anos por um dos maiores movimentos cívico-democrático e nacionalista da formação econômico-social brasileira.
Com o incêndio do Reichstag, que Adolf Hitler acusou ser obra de um complô comunista para tomar o poder, em 27 de fevereiro de1933, os nazistas conseguiram a aprovação de outro atentado à democracia alemã e que lhes dava plenos poderes, chamado Decreto para a Defesa do Povo e do Estado Alemão, ou Lei da Autorização, de 23/03/1933, transformando Hitler em ditador de fato da Alemanha.
Somos jovens, belos, bêbados e caretas…
Sempre em bandos e às vezes em dois…
Curtindo grandes amores,
(…) olhando as estrelas a espera de carinho e a procura
de um futuro que não chega.
(Bob Marley)
Entre muitos historiadores, desde o alemão Leopold Von Ranke, “a objetividade” e a “imparcialidade” na “narrativa” da História tem como um de seus paradigmas “mostrar a História tal como ela aconteceu”.
No início de novembro de 1930, Baptista Luzardo assumiu a Chefia de Polícia do Distrito Federal do novo governo. De imediato, as linhas gerais da prática policial foram mantendo-se muito parecidas com a situação anterior ao Movimento de 1930. Na posse, em 4 de novembro, Luzardo se comprometeu a respeitar todos os direitos, assegurar todas as liberdades e velar pela ordem, concluindo que o seu programa era o mesmo da revolução: “a ordem dentro da liberdade”.[1]
Em primeiro lugar, estou preocupado com os usos e abusos da História, tanto na sociedade como na política, e com a compreensão, e espero, transformação do mundo (Eric Hobsbawm, em Sobre História)
Na parte anterior deste artigo, ao escrever sobre a reação da burguesia liberal-conservadora [ou simplesmente liberal] contra Getúlio Vargas, procuramos demonstrar como se formou a aliança que lideraria o Movimento Paulista contra o Governo Provisório.
Na parte anterior deste artigo, ao analisar as greves operárias e as reivindicações econômicas do proletariado no início de 1932, ainda no quadro de crise econômica pós-1929, afirmei que o 9 de julho em São Paulo e a Constitucionalista daquele foram um marco para o pensamento liberal-conservador.
Logo no início de 1932, o Partido Democrático (PD) de São Paulo, uma dissidência das classes dominantes estaduais que governaram o Brasil até o fim da Primeira República, rompeu com o “Governo Provisório” liderado por Getúlio Vargas.