Eu os conheci com o nome de papagaios. Mais tarde, soube que também os chamavam cometas. Posteriormente, soube que também os chamavam de pipas. Já vi muita pipa bonita, como aquelas que minha amiga Mary viu no Autódromo de Interlagos, há vinte e poucos anos!
Se um dia papai voltasse, eu tentaria viver com ele tudo aquilo que sempre quis e nunca aconteceu. Ah, se eu pudesse voltar o tempo! Papai iria brincar comigo. Não chegaria cansado, nem estressado, nem nervoso, nem dopado, nem triste. A luta, para seus filhos terem alguma coisa no futuro, não o deixou viver o presente.
A cúpula acadêmica das universidades goianas teima em ignorar a produção literária local. Estão aí as listas dos autores e livros indicados para o vestibular. Nenhum goiano. Minto. Há o Flávio Carneiro com seu livro de contos sobre futebol. Afinal, a terra é de carnaval, futebol e cachaça.
Abobalhado com o nascimento da minha terceira neta, pensei numa forma de saudá-la e expressar também minha paixão pelas duas que a antecederam. Deparei, então, com este excelente arrazoado do dr. Drauzio Varella. Identifiquei-me com os sentimentos dele e, a quem ainda não teve ainda o prazer dos netos, repito o que ele escreveu: “Você verá quando for avô”. Deleitem-se, então, com o texto do grande doutor:
“Não posso falar pelos meus
companheiros de então, mas eu,
pessoalmente, devo a revelação do novo
e a convicção da revolta a ela
e à força de seus quadros”.
(Mário de Andrade)
Diretor austríaco, Michael Haneke, compõe a gênese do nazismo na Alemanha de 1913 a partir de múltiplas e estranhas ações num povoado dominado pelo autoritarismo e conservadorismo de suas camadas dirigentes.
Ensaia-se uma reaproximação com a classe média na região Sudeste. É difícil, mas percebe-se uma certa acomodação e aceitação com o que o Lula representa e embora aqui registre-se os menores índices de popularidade de seu governo, começa a haver uma mudança.
Hillary vem tentar corrigir seu pedantismo inicial de julgar ainda ser nossa região um quintal dos EUA², esquecendo justamente a multipolaridade em que o mundo se transformou. Sua nova postura sem a arrogância de sempre frustra nossos conterrâneos, portadores do rodriguiano complexo de vira-latas.